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 “Um sistema de ensino ideal seria aquele em que todas as crianças e adolescentes tivessem acesso à escola, não desperdiçassem tempo com repetências, não abandonassem a escola precocemente e, ao final de tudo, aprendessem” [1]

Segundo dados do próprio MEC/INEP isto não acontece:

 

  • Nas séries iniciais do ensino fundamental são perdidos anualmente em média (Brasil) 22 dias letivos (2014);

  •  O Ideb para uma variação de zero a dez é de 4,9 par as séries iniciais do ensino fundamental (2013);

  • A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais em 2014 foi estimada em 8,3% (13,2 milhões de pessoas);

  • Segundo a UNESCO 14% da população de 15 a 17 anos está fora da escola, ou seja, 1,6 milhões de jovens.

 

Acredita-se que um sistema de GC fundamentado nas modernas TICs pode contribuir fortemente para melhorar estes índices nas localidades e regiões onde estiver instalado.

  • No momento as creches atendem só 24,6% das crianças até 3 anos. A meta para 2015 era no mínimo 50%

  • Um total de 600 mil crianças entre 4 e 5 anos não são atendidas na pré-escola. Isso está em desacordo com o Artigo 7º, XXV da Constiuição Federal  vigente desde 2006;

  • Ao final do 3º ano do ensino fundamental quando chega a idade limite para que as criança de 8 anos estejam alfabetizadas (terceiro ano do ensino fundamental)  12,2% delas são reprovadas. É onde começa o analfabetismo funcional;

  • A defasadem idade série no 5º ano do ensino fundamental é de 27,5%.

Estatísticas
Mais Estatísticas

Infraestrutura logística das escolas públicas:

 

  • Segundo o Censo de 2015 mais da metade das escolas não tem rede de esgoto;

  • Um terço não possui rede de água;

  • Uma a cada quatro escolas não tem coleta de lixo;

  • Mais de 70% das escolas públicas não possuem instalações, equipamentos e estruturas de apoio administrativo e pedagógico necessários ao desenvolvimeno das atividades didáticas;

  • Mais de 30% dos professores não possuem curso superior e a maioria não têm  qualquer pós-graduação;

  • Neste contexto a baixa remuneração dos professores e a falta de condições dignas para o trabalho docente é fator agravante;

  • Em geral  o acesso a internet é restrito para professores e alunos.

Infraestrutura Logística
Estratégias

A questão de produtividade do ensino no Brasil é pouco considerada. A produtividade do ensino do Século XX estava voltada para aspectos gerais necessários como:

 

-aumento da oferta em todos os níveis e modalidades de ensino;

-currículo nacional mínimo;

-aumento da carga horária curricular.

-formação de professores, porém sem a ênfase ncessária.

 

A produtividade do Século XXI deveria estar voltada para aspectos predominantemente locais:

 

-os atores do processo educacional (não suficientimente ou pouco considerados): alunos e docentes;

- infraestrutura logística, suporte técnico e suporte ético/disciplinar (também pouco considerados) que formam o palco para os atores.

.

O descaso com os atores, a ausência de infraestrutura logística, suporte técnico e ético/disciplinar inviabiliza qualquer tentativa de melhoria da produtividade nas escolas.

 

São as modernas TICs, utilizadas na forma de um sistema de GC que podem retornar os atores ao palco, dar a eles suporte técnico de qualidade internacional e talvez, oferecer suporte ao aspecto ético/disciplinar. E melhorar substancialmente a infraestrutura logística.

 

Elementos de IA (Inteligência Artificial) e Big Data deverão estar presentes.

DESIGN DO PROJETO

PERGUNTAS ESTRATÉGICAS

Perguntas Estratégicas

As perguntas estratégicas buscam orientar o desenho do projeto, ou seja, o sistema de Gestão do Conhecimento Escolar e da Comunidade ao final deve dar resposta consistente a elas.

 

O projeto Gestão do Conhecimento Escolar e da Comunidade, ao longo de dois anos, tem como finalidade desenvolver alternativa tecnológica de ponta para melhoria da qualidade e a produtividade do ensino em nossas escolas, ampliar a oportunidade de alfabetização de adultos e possibilitar a educação de jovens e adultos.

O modelo de Gestão do Conhecimento a ser criado, sempre utilizando telefonia móvel, internet e outras TICs, buscará dar resposta operacional as seguintes perguntas:

 

  1. É possível alfabetizar adultos à distância utilizando telefonia móvel?

  2.  É possível fazer Educação de Jovens e Adultos à distância utilizando telefonia móvel e internet?

  3.  Um sistema de GC Escolar pode melhorar o desempenho do aluno regular?

  4.  A produtividade docente pode ser substancialmente melhorada?

  5. O processo de gestão administrativa e pedagógica da escola pode ser mais eficaz?

  6.  A formação e a educação continuada de professores e gestores educacionais podem ser realizadas?

  7. Os pais podem acompanhar integralmente o desempenho dos seus filhos pelo celular?

 

Outro parâmetro que o desenho do sistema deve considerar é a BNCC (Base Nacional Curricula Comum) que está em fase de finalização pelo MEC. Em outras palavras, o sistema deve ser capaz de oferecer sustentação e apoio técnico a alunos e docentes no atingimento dos objetivos estipulados pela BNCC para cada nível e modalidade de ensino.

 

 

 

 

O Sistema de Gestão do Conhecimento Escolar e da Comunidade  envolve pessoas (alunos, professores, gestores, dentre muitas outras) membros de uma organização, a escola ou rede de ensino. Envolve também processos de aquisição, produção, validação e disseminação do conhecimento, bem como sua classificação e guarda. Nesta concepção o sistema é muito mais que uma plataforma digital acessada por meio de diversos tipos de interfaces. Demanda esforços de formaçaõ e preparação de todos os membros da organização envolvidos no processo. Mas para que possa ser colacado em andamento precisa de uma poderosa infraestrutura de TI.

A existência de infraestruturas de informação e comunicação (TICs) é crucial para o desenho do sistema e sua implementação. A seguir um diagnóstico envolvendo três aspectos: comunidade, gestão do sistema e escolas. Em termos nacionais, o Brasil possui consolidada e em expansão uma extensa rede de informação e comunicação.[2]

 

Conclusão. Existe uma infraestrutura com base em telefonia móvel significativa e que pode ser utilizada tanto para o trabalho com a comunidade, bem como com alunos, professores e gestores. O acesso a internet por meio de computadores, notbooks, etc. ainda não atingiu níveis necessários mas já é significativa. Existe uma boa infraestrutura de comunicação na comunidade que pode ser utilizada pelo sistema de GC (Gestão do Conhecimento).

CONUNIDADE - TELEFONIA E INTERNET

PROJETO BÁSICO

Indicadores e Desenho

COMUNIDADE

 

A infraestrutura relativa a comunidade ou populaçaõ se revela pelo número de celulares e celulares com acesso a internet e pessoas com dez anos ou mais com acesso a internet. 

Fonte: teleco.com.br

O IBGE também aponta: dentre os domicílios com acesso à Internet, 80,4% (29,6 milhões) tinham acesso por meio de telefone celular; 21,9% (8,1 milhões), por tablet; 4,9% (1,8 milhões), por televisão; e 0,9% (0,3 milhão), por outros equipamentos eletrônicos. Vale destacar o acesso à Internet por meio de tablet, telefone celular e televisão, com aumentos de 50,4%, 76,8% e 116,34% no número de domicílios, respectivamente, em relação a 2013.

Escola

"O Programa Banda Larga nas Escolas foi lançado pelo Governo Federal tendo como objetivo conectar todas as escolas públicas urbanas à Internet.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) juntamente com as operadoras de telefonia fixa Oi, Telefônica, Sercomtel e CTBC, assinou Termos Aditivos aos Termos de Autorização  de exploração de Serviço de Comunicação Multimídia possibilitando a conexão de todas as escolas públicas urbanas à Internet, sendo o serviço mantido de forma gratuita até o ano de 2025.

Todas as instituições de ensino público urbanas, cadastradas no Instituto Nacional de  Estudos  e  Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira  - INEP são elegíveis para receber os benefícios do programa."(ANATEL).

Infraestrutura de Comunicação e Informação

Segundo o site QEdu, conforme recorte abaixo, com dados do Censo Escolar de 2014, a situação relativa a existência de internet em escolas públicas urbanas é assim descrito:

Segundo dados da ANATEL a velocidade de acesso a internet nas escolas públicas urbanas varia de 2 mbps a 6 mbps, sendo que a maioria é de apenas 2 mbps.

Fica evidente que para a implantação do Sistema de Gestão do Conhecimento Escolar e Comunitário a infraestrutura de TI precisa ser substancialmente melhorada.

Outra questão é o número de computadores com acesso a internet por aluno nas escolas públicas urbanas. Os dados:

  

Matrículas em pré-escolas                        3.005.523

Matrículas anos iniciais                          10.404.966

Matrículas anos finais                               9.485.947

Matrículas ensino médio                          7.011.743

Matrículas EJA                                         2.970.924

Matrículas educação especial                        50.788

Total                                                        32.929.891

 

Relacionado o numero de alunos com o número de computadores a relação será de aproximadamente 32 alunos por computador.

Mesmo considerando que a distribuição não é equitativa entre as diversas escolas a infraestrutura de TI existente já é um bom começo, pois o total dos alunos está distribuído em três turnos.

Mas é evidente que a implantação da Gestão do Conhecimento nas escolas exigirá uma melhora significativa na infraestrutura de TI em cada uma delas.

Infraestrutura de TI do Sistema de GC

A implatação do Sistema de Gestão do Conhecimento Escolar e da Comunidade tem que ser suportado por uma forte infraestrutura de TI evidenciada por uma plataforma e recipientes de dados adequados. A plataforma tem como finalidade gerenciar a entrada e saida de dados e informações por meio de diversas interfaces. Administrar a guarda e busca de dados, dentre outras funções.

Este tipo de plataforma não existe no mercado e terá que ser construída. A figura a seguir mostra a plataform, os recipientes de dados e as diversas interfaces dela com os usuários:

  • alunos;

  • membros da comunidade;

  • professores;

  • gestores pedagógicos e administrativos;

  • admininistradores do sistema

  • especialistas e colaboradores;

  • acesso institucional;

  • links externos;

  • outros.

Modelo de Gestão do Conhecimento Escolar e da Comunidade
Sistema de Gestão do Conhecimento Escolar e da Comunidade

A figura a seguir mostra de forma esquemática o sistema de Gestão do Conhecimento Escolar e da Comunidade. Ele está dividido em duas partes: a) o modelo propriamente dito; b) a estrutura tecnológica necessária para sua operacionalização.

a) Modelo de Gestão

O modelo propriamente dito envolve cinco componentes:

  1. Direcionadores estratégicos - são os aspectos com os quais o sistema tem que estar alinhado. Envolve o plano estratégico da rede ou escola e outros fatores como a Base Nacional Curricular Comum, projeto político-pedagógico da escola, proposta curricular e até mesmo os conteúdos programáticos das áreas de conhecimento.

  2. Os fatores condicionantes para o sucesso na implantação e funcionamento do modelo: liderança, tecnologia, pessoas e processos;

  3. Processos de gestão do conhecimento que consistem de forma organizada e sistemática em: identificar, adquirir, reformular, criar, validar, armazenar, compartilhar e aplicar conhecimento;

  4. Ciclo KDCA é o mecanismo que coloca os processos em andamento;

  5. Resultados - são os objetivos esperados quando o sistema está em operação, por exemplo, a melhoria do desmpenho acadêmico dos alunos e aumento da produtividade docente.

b) Infraestrutura Tecnológica

A infraestrutura tecnológica de TI completa o modelo ou sistema. A parte de baixo do esquema mostra de forma genêrica os seus componentes e as tecnologias utilizadas para interface com os usuários, Envolve também os softwares necessários e aplicativos,  

Introdução

Um modelo de gestão do conhecimento sistêmico descreve a lógica de como uma organização identifica, captura, cria e entrega conhecimento. 

Para maior ambrangência e capilaridade o modelo faz uso das modernas tecnologias da informação e comunicação.

 

PRODUTIVIDADE DO ENSINO

ESTATÍSTICAS E ESTRATÉGIAS

DESIGN DO PROJETO

INFRAESTRUTURA DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO

DESIGN DO PROJETO

Modelo de Gestão do Conhecimento Escolar e da Comunidade

.[1] Nota Técnica – Ideb – Índice desenvolvimento da educação básica. http://download.inep.gov.br/educacao_basica/portal_ideb/o_que_e_o_ideb/Nota_Tecnica_n1_concepcaoIDEB.pdf. ágrafo.

[2] teleco.com.br

ETAPAS DO PROJETO

O projeto será desenvolvido em etapas ao longo de um ano e meio a partir da definição do seu início:

 

I – Projeto Básico:

  1. Envolvendo a construção dos seguintes módulos: a) escolar; b) formação de docentes; c) alfabetização de adultos; d) educação de jovens e adultos; e) conhecimento comunitário.

  2. Teste público e qualitativo dos módulos (teste de controle).

 

II – Teste piloto:

  1.  Em duas escolas (pública e particular) dos módulos escolar e de formação de docentes;

  2. Avaliação e reconfiguração dos módulos

III – Teste Piloto:

  1. Em duas escolas públicas dos módulos de alfabetização e de educação de adultos;

  2. Em duas comunidades do módulo de conhecimento comunitário;

  3. Avaliação e reconfiguração dos módulos

IV – Implantação sobre demanda dos diversos módulos.

O projeto e o cronograma de execução física e financeira deverão ser elaborados.

O planejamento e execução do projeto terá como base um sistema de GC que será um subproduto tecnológico.

Detalhamento das etapas

Não possível, honestamente, calcular o impacto social de um projeto de tal monta sem mais estudos aprofundados sobre o assunto.

É possível apenas antever possibilidades:

- todos os recursos didáticos, nacionais e internacionais, estarão disponíveis de forma organizada e acessível a docentes, alunos e comunidade;

-os alunos poderão ter acesso a variados canais de comunicação e a recursos que podem potencializar a aquisição necessária de competências para o seu sucesso escolar;

- os professores, do mesmo modo, poderão potencializar a produtividade do seu trabalho docente;

- os mecanismos de formação inicial e permanente dos docentes estarão presentes sempre que necessário (online);

-pessoas analfabetas, jovens e adultos terão acesso a todos os recursos disponíveis para sua escolarização;

- A comunidade terá acesso a processos educativos de seu interesse imediato e permanente.

Se levado a bom termo o projeto será um “modelo paradigma” na aplicação intensiva de tecnologia em educação com alto impacto transformador.

A expansão do projeto após os pilotos e a necessária reconfiguração, espera-se, ocorrerá segundo duas vertentes:

- expansão orgânica por meio de termos de parceria com governos e contratos com instituições particulares;

- expansão por efeito de reprodução de paradigma , com as modificações necessárias, por pessoas, órgãos de governo e instituições da sociedade civil ( parcialmente ou não).

IMPACTO SOCIAL

Impacto social e resultados
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